quarta-feira, 27 de março de 2013

Fazendo as malas


Uma vez li um texto sobre arrumar as malas jogando as coisas antigas fora e deixando apenas as novas com a gente, o texto em si era passava uma lição sobre quantas coisas guardamos com o passar do tempo. Não somente roupas, mas objetos e momentos que deveríamos despachar junto com as coisas velhas.

Hoje me sinto assim, eliminei muitas coisas “velhas”, joguei fora aquilo que já não me era útil, selecionei apenas as roupas que mais gosto e quase enfartei ao ver que não coube quase tudo na mala hehehehe...

Percebi o quanto somos apegados a itens supérfluos, como é difícil 
deixar para trás as coisas que gostamos tanto, meus livros não poderei levar, meus perfumes ficarão aqui, tantos e tantos calçados que deixarei e sem contar as pilhas de roupas que ficarão.

Ao dobrar cada peça de roupa sou surpreendida por lembranças, e como é bom lembrar. Ah como é bom! Pessoas, lugares, festas, momentos, tudo em algumas peças de roupas.  Estou ciente de que sentirei falta de muitas coisas que deixei aqui, mas se pararmos para pensar o que eu não usarei durante um ano é bem provável que nem use mais, mas me desfazer de mais isso agora seria muito para mim.

Fazer as malas me fez repensar algumas coisas, o intercâmbio eu sei que fará mais, acredito que ao retornar para o Brasil muitas coisas que julgava importante talvez não julgue mais, e muitas coisas que nunca me importei poderão ter um significado grande para mim...

Acredito que quando decidimos seguir uma nova etapa de nossas vidas devemos sim selecionar apenas o que nos é importante, e deixar para trás aquilo que não faz diferença em nossas vidas. “ 

Fazer as malas” é algo que deveríamos fazer sempre que decidirmos seguir outro caminho, esquecer aquilo que um dia fez parte de nossas vidas, colocar itens que precisamos ter, isso tudo em outro sentido gente, porque assim somos na vida, quantas vezes decidimos seguir novos caminhos e “ao fazer as malas” levamos apenas itens antigos com a gente? Mudar de emprego e lembrar-se sempre do velho, arrumar um namorado e lembrar-se ou comparar sempre o ex, mudar de cidade e não aceitar a mudança.

Deixemos fora da “mala” tudo aquilo que não precisamos mais, vamos seguindo esse eterno arrumar malas da maneira como deve ser, aceitando as mudanças, percebendo as diferenças e encarando os novos desafios!

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