Uma vez li um texto sobre
arrumar as malas jogando as coisas antigas fora e deixando apenas as novas com
a gente, o texto em si era passava uma lição sobre quantas coisas guardamos com
o passar do tempo. Não somente roupas, mas objetos e momentos que deveríamos despachar
junto com as coisas velhas.
Hoje me sinto assim,
eliminei muitas coisas “velhas”, joguei fora aquilo que já não me era útil,
selecionei apenas as roupas que mais gosto e quase enfartei ao ver que não
coube quase tudo na mala hehehehe...
Percebi o quanto somos
apegados a itens supérfluos, como é difícil
deixar para trás as coisas que
gostamos tanto, meus livros não poderei levar, meus perfumes ficarão aqui, tantos
e tantos calçados que deixarei e sem contar as pilhas de roupas que ficarão.
Ao dobrar cada peça de roupa
sou surpreendida por lembranças, e como é bom lembrar. Ah como é bom! Pessoas,
lugares, festas, momentos, tudo em algumas peças de roupas. Estou ciente de que sentirei falta de muitas
coisas que deixei aqui, mas se pararmos para pensar o que eu não usarei durante
um ano é bem provável que nem use mais, mas me desfazer de mais isso agora
seria muito para mim.
Fazer as malas me fez
repensar algumas coisas, o intercâmbio eu sei que fará mais, acredito que ao
retornar para o Brasil muitas coisas que julgava importante talvez não julgue
mais, e muitas coisas que nunca me importei poderão ter um significado grande
para mim...
Acredito que quando
decidimos seguir uma nova etapa de nossas vidas devemos sim selecionar apenas o
que nos é importante, e deixar para trás aquilo que não faz diferença em nossas
vidas. “
Fazer as malas” é algo que deveríamos fazer sempre que decidirmos
seguir outro caminho, esquecer aquilo que um dia fez parte de nossas vidas,
colocar itens que precisamos ter, isso tudo em outro sentido gente, porque
assim somos na vida, quantas vezes decidimos seguir novos caminhos e “ao fazer
as malas” levamos apenas itens antigos com a gente? Mudar de emprego e
lembrar-se sempre do velho, arrumar um namorado e lembrar-se ou comparar sempre
o ex, mudar de cidade e não aceitar a mudança.
Deixemos fora da “mala” tudo
aquilo que não precisamos mais, vamos seguindo esse eterno arrumar malas da
maneira como deve ser, aceitando as mudanças, percebendo as diferenças e
encarando os novos desafios!
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