Ana
trabalhava em uma multinacional em sua cidade natal, mas não estava contente
com a empresa, muitas coisas que não concordava aconteciam lá.
Ana
tinha uma vida social bem agitada, para alegria de suas amigas e desespero de
seus pais.
Ana
estava feliz com sua vida, estava satisfeita com as escolhas que fizera até
então, até Sabrina a convencer em ir uma reunião com os amigos em um barzinho,
mas em plena terça-feira. A essas alturas o maior desejo da mãe de Ana é que
ele arrumasse um namorado, para aí se aquietar, como ela costumava dizer.
Mal
sabia ela que esse desejo seria em breve, concretizado.
Aquela
noite era para ser uma noite qualquer, Ana se arrumou como de costume e foi ao
encontro de seus amigos, sentou-se na mesa reservada e começaram a conversar e
rir de coisas bobas. Normal.
Alguns
meninos deram em cima dela, ela os cortando. Normal.
Suas
amigas bebendo um monte e ela evitando porque estava dirigindo. Normal.
Os
olhos do menino que estava tocando violão no barzinho vidrados nela e ela
vidrada nele. Não isso não era normal!
Ana
não sabia quem era ele, de onde vinha, porque a olhava?
Ele
espera o intervalo e deixa um guardanapo na mesa em que Ana estava sentada, com
uma mensagem solicitando o telefone dela. E um olhar penetrante e indecifrável.
Abusado!
Era isso que ele era! Nem sabia se ela era comprometida! Até parece que ela
colocaria o telefone ali!
Desculpe,
mas sou comprometida, essa foi sua resposta. Escreveu e aguardou a hora que ele
viesse buscar o papel.
Mas
algo não estava no roteiro, ele voltou ao palco antes de buscar o bilhete.
Ele
era muito abusadooooo!
Queria
que ela esperasse ele acabar a apresentação para pegar o bilhete de volta.
Ah
isso era demais! Ana estava prestes a rasgar o bilhete olhando nos olhos dele,
mas antes que ele fizesse isso, aqueles lindos olhos negros olharam-na e aquela
boca linda começou a cantar:
Teus
olhos e teus olhares, milhares de tentação...
Aquilo
ali derreteria qualquer coração gelado, até mesmo o iceberg que era o coração
de Ana...
(Continua...)
* * *
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