segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Partes não contadas de uma história mal acabada - Part. 2

Ana trabalhava em uma multinacional em sua cidade natal, mas não estava contente com a empresa, muitas coisas que não concordava aconteciam lá.

Ana tinha uma vida social bem agitada, para alegria de suas amigas e desespero de seus pais.

Ana estava feliz com sua vida, estava satisfeita com as escolhas que fizera até então, até Sabrina a convencer em ir uma reunião com os amigos em um barzinho, mas em plena terça-feira. A essas alturas o maior desejo da mãe de Ana é que ele arrumasse um namorado, para aí se aquietar, como ela costumava dizer.

Mal sabia ela que esse desejo seria em breve, concretizado.

Aquela noite era para ser uma noite qualquer, Ana se arrumou como de costume e foi ao encontro de seus amigos, sentou-se na mesa reservada e começaram a conversar e rir de coisas bobas. Normal.

Alguns meninos deram em cima dela, ela os cortando. Normal.

Suas amigas bebendo um monte e ela evitando porque estava dirigindo. Normal.

Os olhos do menino que estava tocando violão no barzinho vidrados nela e ela vidrada nele. Não isso não era normal!

Ana não sabia quem era ele, de onde vinha, porque a olhava?

Ele espera o intervalo e deixa um guardanapo na mesa em que Ana estava sentada, com uma mensagem solicitando o telefone dela. E um olhar penetrante e indecifrável.

Abusado! Era isso que ele era! Nem sabia se ela era comprometida! Até parece que ela colocaria o telefone ali!

Desculpe, mas sou comprometida, essa foi sua resposta. Escreveu e aguardou a hora que ele viesse buscar o papel.

Mas algo não estava no roteiro, ele voltou ao palco antes de buscar o bilhete.

Ele era muito abusadooooo!

Queria que ela esperasse ele acabar a apresentação para pegar o bilhete de volta.

Ah isso era demais! Ana estava prestes a rasgar o bilhete olhando nos olhos dele, mas antes que ele fizesse isso, aqueles lindos olhos negros olharam-na e aquela boca linda começou a cantar:

Teus olhos e teus olhares, milhares de tentação...

Aquilo ali derreteria qualquer coração gelado, até mesmo o iceberg que era o coração de Ana...

(Continua...)

                                        *                 *                     *






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