Ela
já foi tão machucada, tão destruída que nem mesmo ela sabia se poderia amar
novamente.
Foi
deixada para trás com seu coração em pedaços e sua cabeça vazia, seu corpo esquelético
e sua vontade de sumir.
Ninguém
jamais seria capaz de entender o que passava na sua cabeça cada vez que dizer
sim foi mais fácil que negar.
Todas
as vezes que levar na cara foi mais fácil que levantar.
Todas
as vezes que pedir ajuda era mais difícil que permanecer.
Todas
as vezes que chorar sozinha era o que sobrava à ela.
E
não, não era porque ela queria, ela nem sabia o que queria, era um coração
amargurado que ainda acreditava nas pessoas.
Não ela
não perdoou porque era burra ou porque levar na cara era o que gostava, a
dificuldade era muito maior do que qualquer um poderia entender.
Ele
a olhava com ternura sim, ele a tratava bem sim, ele dizia que a amava ao mesmo
tempo em que a mão dele deixava a quarta cicatriz no rosto dela.
E doía
sim, e gritar era o que ela queria, julgamento era o que ela não precisava.
Já
estava magoada demais para ter suas amigas lhe virando as costas.
Precisava
de apoio, precisava de ajuda, precisava se encontrar, precisava se amar.
E
por mais difícil que tenha sido, ela se livrou do falso amor, do sapo mais feio
que já havia conhecido.
Ergueu
a cabeça e foi à luta, à luta pela sua felicidade.
Hoje
ainda pensa nele, ainda sente o toque de carinho que recebia, ao mesmo tempo em que as lágrimas escorrem em seu rosto de menina ao lembrar-se de cada abuso verbal
e físico que recebeu.
E
ainda dói, e ainda machuca, mas ela é mais forte, ela sabe que é.
Hoje
ela se ama.
E isso
que importa.
Ela
ainda não sabe se será capaz de amar e confiar novamente.
Eu,
eu já sei, ela vai amar sim, e ainda vai ser muito feliz!!!!!!!
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