E
naquele dia ela sentiu a leveza de ser livre, ser livre de cobranças, ser livre
de pertencer ao grupo seleto, e correto segundo a sociedade.
Estar livre de fazer o que os outros querem que seja feito.
Naquele
dia ela respirou fundo e lembrou de todas as vezes que chutou o balde, e riu
pois não foi tão difícil quanto havia pensado.
Naquele
dia ela se olhou no espelho sendo somente ela, sem maquiagens e cílios postiços.
Naquele
dia até mesmo o perfume ela deixou para trás.
Apreciou
o dia ensolarado, andou por caminhos que não costumava fazer, sorriu para quem
nem conhecia.
Lembrou
da sua infância ao passar por crianças na rua.
Naquele
dia ela tinha certeza do que queria, só não sabia para onde estava indo.
Indiferente
do caminho que tomasse sabia que encontraria pedras pelo caminho, mas essas,
essas já não assustavam mais.
Naquele
dia lembrou daqueles que passaram por sua vida, aqueles que partiram cedo,
aqueles que não valeria à pena deixar ficar, aqueles que o destino acabou
afastando.
As
certezas hoje estão bem mais presentes, a confiança e o bom senso sempre a
acompanham.
Naquele
dia pensou naqueles que fazem parte da sua vida, e como cada um é importante.
Naquele
dia sentiu saudades.
E
então satisfeita com todas as decisões tomadas até hoje, de alma lavada e
coração limpo, cheio, mas limpo, seguia ela feliz por ser livre, mas mais que
isso, feliz por saber ser livre.
E naquele
dia ela acordou sorrindo...
Nenhum comentário:
Postar um comentário