quarta-feira, 24 de abril de 2013

Aquela que é tão organizada

Aquele Sol não estava nos seus planos, como ele pôde aparecer e tirar-lhe o sono daquele jeito, logo ela que não dormia bem à dias...

Sem sono não adiantava ficar na cama, levantar era o que restava...

E enquanto isso, Luis Felipe dormia tranquilamente. Como ele consegue???? Aquele Sol e ele ainda dormindo, mas havia outras coisas que a mesma não entendia, a bagunça no quarto, a mania de bater portas, a demora no banho, as risadas de coisas bobas, aquela mania infernal de deixar a pia suja, porque daquelas benditas meias espalhadas pela casa, e ela reclamava mas ele não ouvia, ela reclamava novamente e ele não ouvia, isso estava cansando-a, sabia que era a chegada a hora de por um fim em tudo isso. 

Terminando de escovar os dentes sabia que o ver dormindo tranquilamente com aquele Sol batendo em seu rosto a irritaria enormemente, seu discurso estava preparado, sabia exatamente o que falaria ao entrar no quarto, descendo as escadas ia lembrando daquelas benditas meias, da pia e de todo o resto, ao abrir a porta do quarto qual não foi sua surpresa ao ver que ele não estava lá, e a cama estava bagunçada somente do lado que ela dormiu, ou melhor tentou dormir.
Ahhh que ódio! As lágrimas não paravam de brotar em seus olhos, aquele aperto no peito aumentava mais a cada segundo ali olhando aquela cama, que a 7 anos não dividia com mais ninguém, como ele pôde abandoná-la? Maldito dia em que chegou em casa e não o viu mais, nem ele, nem suas roupas, nem aquelas MALDITAS MEIAS! Ele não podia ter feito isso com ela, Meu Deus como era difícil para ela aceitar, acordava todos os dias e ao constatar que ele não estava mais ali sofria tudo que sofrera naquele dia. Andava pela casa mas não ouvia aquela risada idiota por coisas bobas, aliás não ouvia mais nada! A pia impecavelmente limpa, seu quarto extremamente organizado, mas por que raios ela não conseguia estar feliz? 

E em meio a organização que mantinha na casa, percebia a cada dia que a bagunça a deixava feliz, pois junto com ela (a bagunça) ali estava ele. Com aquele sorriso bobo e aquela mania de irritá-la. Mas também aquele abraço apertado e quente e aquele perfume terrivelmente bom!

Percebera tarde. Agora não podia tê-lo de volta. Oh Céus que saudades daquela bagunça, daquela pia suja, da risada sem sentido e até, até mesmo saudades daquelas Malditas meias espalhadas pela casa!  




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