Lembrança
boa não se apaga. A gente guarda. A estória acaba, a lembrança fica.
E
deixa a marca, o cheiro, os sons, e até mesmo o gosto. Aaaaah o gosto!
Daquele
beijo gostoso que davam quando o mundo
ao redor de vocês parava, quando o arrepio percorria seus corpos e o calor
humano os deixava corados.
Aquele
beijo babado que ele insistia em te dar só para ouvir ela reclamar, ou daquele
beijo barulhento que ela dava ao acordar
ele.
Do
dia em que estavam apostando corrida e ela torceu o pé. A preocupação no rosto
dele fez com que ela esquecesse a dor.
Do
dia em que ele estava com gripe, mas parecia que eram os últimos dias da vida
dele, da maneira como ela afagava seus cabelos e dizia que logo ele iria ficar
bem.
Lembrança
daquele almoço que ela fez para ele, mas exagerou no sal, e ele sem graça de dizer,
esperando ela provar para que a noite pudesse acabar em pizza.
Quantas
noites acabaram em pizza.
Lembrança
a gente guarda, no fundo do coração, e deixa lá, quietinha, sozinha.
Lembrança
da balada que acabou as 06:00, e de como ela continuava linda as 06:00.
Lembrança do abraço dele, e dela sumindo em
meio aos braços dele.
Lembrança do sorriso dela toda vez que ele chegava, lembrança das borboletas no estômago toda vez
que ele dizia que já estava a caminho.
Em
um domingo de pouco sol, nada melhor que sentar no parque, colocar aquela
música que você adora e lembrar dos bons momentos. Ahh não existe terapia
melhor.
Maus
momentos a deixa para trás, é possível selecionar as lembranças, escolher o que
vai querer levar consigo.
Lembrança
da letra dele, dos bilhetinhos na geladeira, das bobeiras, das gargalhadas até
a barriga doer. Das conversas de horas e horas.
Lembrança
boa a gente guarda, lembrança ruim a gente apaga.
Ela
ficava linda usando aquele vestido, ele ficava irresistível quando vestia
aquela polo branca.
Ela
ainda guarda as fotos, ele ainda olha as fotos.
E se
lembra do quão feliz foram naquela época.
Ela
ainda pensa nele, ele ainda pensa neles.
E se
lembra do quão dolorido foi ter que dizer Adeus.
Ela
se arrepende por não ter dito nada, ele pensa que foi melhor assim.
E se
lembra das vezes que a fez chorar.
Ela
ainda sonha com ele, ela é o sonho dele.
E
ele sabe, no fundo sabe.
Ela
nunca esqueceu do dia que escreveram os nomes na árvore, ele sempre que pode
volta lá.
E
sorri, ao lembrar da carinha de moleca que ela fez.
A estória
deles acabou. Mas as lembranças não.
Porque
lembrança boa a gente não apaga, lembrança boa a gente guarda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário