sexta-feira, 15 de julho de 2016

Dos momentos que vocês viveram



Lembrança boa não se apaga. A gente guarda.  A estória acaba, a lembrança fica.

E deixa a marca, o cheiro, os sons, e até mesmo o gosto. Aaaaah o gosto!

Daquele beijo gostoso que davam  quando o mundo ao redor de vocês parava, quando o arrepio percorria seus corpos e o calor humano os deixava corados.

Aquele beijo babado que ele insistia em te dar só para ouvir ela reclamar, ou daquele beijo barulhento que ela  dava ao acordar ele.

Do dia em que estavam apostando corrida e ela torceu o pé. A preocupação no rosto dele fez com que ela esquecesse a dor.

Do dia em que ele estava com gripe, mas parecia que eram os últimos dias da vida dele, da maneira como ela afagava seus cabelos e dizia que logo ele iria ficar bem.

Lembrança daquele almoço que ela fez para ele, mas exagerou no sal, e ele sem graça de dizer, esperando ela provar para que a noite pudesse acabar em pizza.

Quantas noites acabaram em pizza.

Lembrança a gente guarda, no fundo do coração, e deixa lá, quietinha, sozinha.

Lembrança da balada que acabou as 06:00, e de como ela continuava linda as 06:00.  

Lembrança do abraço dele, e dela sumindo em meio aos braços dele. 

Lembrança do sorriso dela toda vez que ele chegava,  lembrança das borboletas no estômago toda vez que ele dizia que já estava a caminho.

Em um domingo de pouco sol, nada melhor que sentar no parque, colocar aquela música que você adora e lembrar dos bons momentos. Ahh não existe terapia melhor.

Maus momentos a deixa para trás, é possível selecionar as lembranças, escolher o que vai querer levar consigo.

Lembrança da letra dele, dos bilhetinhos na geladeira, das bobeiras, das gargalhadas até a barriga doer. Das conversas de horas e horas.

Lembrança boa a gente guarda, lembrança ruim a gente apaga.

Ela ficava linda usando aquele vestido, ele ficava irresistível quando vestia aquela polo branca.

Ela ainda guarda as fotos, ele ainda olha as fotos.

E se lembra do quão feliz foram naquela época.

Ela ainda pensa nele, ele ainda pensa neles.

E se lembra do quão dolorido foi ter que dizer Adeus.

Ela se arrepende por não ter dito nada, ele pensa que foi melhor assim.

E se lembra das vezes que a fez chorar.

Ela ainda sonha com ele, ela é o sonho dele.

E ele sabe, no fundo sabe.

Ela nunca esqueceu do dia que escreveram os nomes na árvore, ele sempre que pode volta lá.

E sorri, ao lembrar da carinha de moleca que ela fez.

A estória deles acabou. Mas as lembranças não.


Porque lembrança boa a gente não apaga, lembrança boa a gente guarda.



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