Ela
cobra dele de uma maneira silenciosa a verdade daquilo que viveram.
Ela
duvida da veracidade naquilo que ele sentia.
Mas
ele sabe que foi verdade.
Pela
maneira que ele se sentia ao lado dela.
Ele
sabe que foi verdade, pela dor que sentiu quando precisou partir.
E
precisou partir, ela diz que foi egoísmo, ele diz que foi melhor assim.
Por
não poder oferecer aquilo que ela esperava, por não estar ali quando ela
precisava, por não saber amar como ela merecia ser amada.
Ele
sabe que o que sentiu foi verdadeiro, que o cheiro dela é o melhor do mundo,
que o abraço dela traz o conforto que ele precisava para a vida.
O
olhar dela transmitia verdade, mas transmitia entrega, muito mais do que ele
esperava, ou do que estava acostumado em receber.
Precisou
encarar o mundo sozinho tão cedo, decidir as coisas, abdicar de outras, e sobre
o amor ele pouco sabia.
Sabia
que o amor existia, e que era um sentimento bom, um sentimento puro, mas a
pureza lhe foi tirada tão cedo que não, não sabia como viver um sentimento
puro.
A
voz dela trazia calma, e o sorriso parecia ter o poder de mudar o mundo.
Mas
não o mundo dele, tantas e tantas confusões!
E
olha que nem libriano ele era haha!
Foi difícil
partir, mas mais difícil seria ficar.
Ficar
pela metade.
Ele
amou, com receio.
Ele
se entregou, em partes.
Ele
viveu momentos bons, mas poderia ter vivido muito mais.
Ele
acreditou que era capaz de consertar seu próprio mundo sozinho. Mas errou.
Hoje
ainda vive essa confusão toda.
Voltar
atrás é difícil, corrigir os erros do passado parece impossível, não errar
daqui para frente é o que lhe consola.
Mas no
fundo ele sabe, ele sabe que foi de verdade, ele sabe que o sentiu foi
verdadeiro.
Quando
todos os dias ao acordar o rosto dela ser a primeira coisa que lhe vem a
cabeça.
E
então ele sente.
Então
ele sabe.
Ele
sabe que foi verdade.
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